Curso Online de Sistemas de informações gerenciais

Curso Online de Sistemas de informações gerenciais

Este curso trata do cenário organizacional atual, orientando profissionais e empresas quanto à definição, obtenção e implantação de siste...

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Este curso trata do cenário organizacional atual, orientando profissionais e empresas quanto à definição, obtenção e implantação de sistemas de informações gerenciais (SIG) e das tecnologias da informação e comunicação (TIC), direcionando as suas utilizações produtivas como ferramentas centrais na tomada de decisões, para melhor direcionar as ações que garantam o sucesso empresarial e o desenvolvimento econômico.
Ele também orienta como administrar informações e conhecimentos com a utilização de SIG, explicitando detalhadamente a segurança de informações e os sistemas de apoio à decisão, para que as organizações e os profissionais inovadores desempenhem suas atividades com maior eficiência, eficácia e efetividade, gerando diferenciais competitivos em suas atuações no mercado e na sociedade como um todo.

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  • Sistemas de informações gerenciais

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    A economia digital
    1.1 A sociedade do conhecimento
    De acordo com Toffler (1987), sob o ponto de vista econômico-social, a evolução da so- ciedade humana iniciou-se com atividades extrativistas na era primitiva, quando o ser humano sobrevivia da coleta, da caça e da pesca. A dificuldade de obtenção de alimentos sujeitava os hominídeos dessa época a uma migração permanente e a embates sucessivos contra as forças da natureza, combatendo outros animais e gastando suas energias na busca de melhores fontes de alimentos e abrigo.
    A sociedade agrícola, que sucedeu as eras primitiva e nômade da espécie humana, teve seu início com a fixação do homem na terra, quando ele descobriu que poderia sobreviver com as ati- vidades de plantio e criação de animais, o que possibilitou ao ser humano otimizar o uso de suas energias, produzindo mais do que necessitava para a sua simples sobrevivência. Esse excedente de produção deu origem à primeira atividade econômica estruturada: o comércio de troca de alimen- tos, utensílios, armas e serviços em geral, estabelecendo o conceito de valor de produtos e serviços. Nessa época, também surgiu a moeda como mecanismo facilitador das trocas, devido à sua porta- bilidade e fracionabilidade.
    No século XVII surgiu a sociedade industrial, decorrente das primeiras invenções tecnoló- gicas com ferramentas e novas formas de energia aplicadas às atividades produtivas, permitindo o desenvolvimento da produção de bens de consumo em grandes quantidades e promovendo maior velocidade na acumulação de riqueza e de bens de capital, criando e instituindo novas estruturas econômicas e sociais.
    Após a Segunda Guerra Mundial, a evolução significativa das tecnologias da informação (in- formática e telecomunicações), somada às condições sociopolíticas de cooperação e de competição entre nações, em uma gradativa e acelerada evolução que resultou no fenômeno da globalização, formatou uma nova realidade econômico-social mundial, caracterizada por um aumento acirrado da competitividade empresarial, em constantes e velozes mudanças nos dias atuais.
    Essa competitividade demanda dos profissionais e das organizações a formulação de estratégias competitivas cada vez mais sofisticadas, exigindo o tratamento de um volume cres- cente de informações para um maior domínio de conhecimentos, o que caracteriza a atual sociedade do conhecimento.
    Com o cenário econômico mundial apresentando esse acirramento na competição de mer- cado, os indivíduos, as empresas e nações necessitam ter o conhecimento sobre o meio ambiente no qual atuam, sobre o mercado e a concorrência, e sobre os produtos e serviços existentes com as respectivas tecnologias aplicadas, determinando o poder da informação como fator preponderante na geração de riquezas.

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    A sociedade do conhecimento é caracterizada pela aplicação e pelo desenvolvimento inten- sivo do uso das tecnologias de informações digitais (TI) tanto nas atividades empresariais moder- nas como também nas atividades corriqueiras e de lazer dos indivíduos, tais como televisão, vídeo, telefonia, fotografia, jogos eletrônicos, leitura, viagens, entre outras.
    As TI são aplicadas aos negócios de forma cada vez mais intensiva, sofisticando e promovendo diferenciais significativos em produtos e serviços que, mesmo fisicamente parecidos, apresentam funcionalidades múltiplas antes inexistentes, para agregar valor e aumentar a sua competitividade na oferta diversificada de um mercado globalizado.
    Essas tecnologias, pelo acesso facilitado às informações, potencializam as atividades de pes- quisa e desenvolvimento que resultam em outras inovações mercadológicas, despertando e até criando necessidades no consumidor, gerando o novo cenário de uma economia digital.

    Paradigmas da nova economia agilidade, flexibilidade, produtividade e qualidade
    As tecnologias de informações digitais geram novos modelos de negócios (LIMA, 2000), modificam os existentes e moldam um novo cenário econômico que, com convergência de aplica- ções da informática e da telecomunicação, amplifica o poder da inteligência individual e coletiva, realimentando e acelerando o ciclo virtuoso de geração de novos conhecimentos, devido à facili- dade de armazenamento, tratamento e acesso a informações. Essa aceleração da economia digital gera diversos efeitos positivos, mas também alguns outros efeitos incômodos, como:
    obsolescência acelerada pelas seguidas transformações tecnológicas, com evoluções e re- voluções que exigem uma modernização constante e que convertem organizações e bens, ainda em uso, em estruturas e produtos ultrapassados e obsoletos, estabelecendo prazos de validade exíguos para as organizações e indivíduos, caso não se reciclem sistematicamente;
    descartabilidade a diminuição de custos resultante do aumento de produtividade e de escalas de produção torna os produtos cada vez mais descartáveis e permutáveis por ou- tros mais modernos e com mais funcionalidades;
    volatilidade de vínculos dos consumidores com produtos e marcas, que sustentam a fidelidade comercial e são enfraquecidos com a velocidade de ofertas, com variedade, quantidade e qualidade cada vez maiores.
    Essa realidade veloz e mutante estabelece os novos paradigmas que norteiam os comporta- mentos de indivíduos, empresas e nações na nova e vibrante sociedade do conhecimento, citados por Drucker (2000), conforme será apresentado a seguir.
    1.2.1 Flexibilidade e agilidade
    As constantes alterações e evoluções demandadas nos produtos e serviços, pelos con- sumidores e pela concorrência acirrada, resultam em um processo de substituição acelerada, no qual os conhecimentos de poucos anos atrás são simples registros históricos. Exemplo:

  • A economia digital
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    a evolução da telefonia móvel que, implantada com tecnologia analógica, alterou-se rapida- mente para digital, permitindo incorporar fotografias e vídeos aos serviços de voz, viabilizan- do a transmissão de dados, o que obriga as empresas e os profissionais da área de telefonia a se reciclarem para não desaparecerem.
    Criações inovadoras resultam também em revoluções, nas quais as funcionalidades e ne- cessidades são supridas por novos produtos e serviços, utilizando tecnologias e componentes que não se relacionam com as anteriores, ocasionando rupturas com a descontinuidade e o desapare- cimento de produtos, empresas e profissões. Exemplo: antigos disquetes de gravação de arquivos, sucedidos por CDs e DVDs, substituídos, em seguida, por pen drives, cuja utilidade foi diminuída pelo armazenamento de arquivos na nuvem.
    Evoluções e revoluções em produtos e serviços são comuns no mercado atual, exigindo das organizações a capacidade de prever os campos de atuação, provocando as remodelações necessá- rias para não perder a competitividade.
    Para tanto, segundo Slack, Brandon-Jones e Johnston (2013), a flexibilidade e a agilidade são características imprescindíveis para sobreviver e prosperar na nova economia de mercado, com os seguintes aspectos:
    flexibilidade capacidade de realizar alterações e aprimoramentos sucessivos nos pro- dutos, processos e nas estruturas empresariais, devido à necessidade de suas adaptações a novos contextos e exigências de mercado;
    agilidade velocidade de decisão e ação cada vez maior, produzindo bens e prestando serviços em prazos cada vez menores (sem prejuízo às suas especificações e qualidade) para acompanhar a nova realidade, em que todos os fatos atuais se sucedem em velocida- de muito superior às épocas anteriores e muitas vezes de forma simultânea.
    Qualidade e produtividade
    A exigência de aprimoramentos da qualidade e de diminuição de preço, pelo aumento de comparabilidade entre produtos e serviços de diferentes fornecedores, promovido pelo fácil acesso e pela grande quantidade de informações disponíveis, faz com que as empresas sejam obrigadas a melhorar os processos de garantia de qualidade e de aumento de produtividade. O aprimoramento das especificações pela exigência de mais valor expressa na maior qualidade e diminuição de custos pelo aumento de produtividade torna-se fundamental para conquistar o cliente pelos seguintes aspectos:
    qualidade: o atendimento em níveis de exigência do mercado e dos consumidores cresce pela avaliação de valor dos produtos mediante a comparabilidade da qualidade de produ- tos e serviços similares, possibilitada pela facilidade de acesso a informações por pesqui- sas na internet;
    produtividade: capacidade de produzir mais com cada vez menos, com menores custos, para ganhar competitividade de mercado, e para suprir o aumento quantitativo de merca- do resultante do crescimento da própria população mundial.

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    1.3 A informação como ativo empresarial
    O objetivo das empresas e organizações é conjugar adequadamente a utilização dos recur- sos humanos, naturais e de capital, com o propósito de gerar riquezas com a produção de bens e a prestação de serviços, e assim promover o desenvolvimento e bem-estar da sociedade onde se inserem.
    Na sociedade do conhecimento, surge o quarto recurso produtivo, a informação, que é res- ponsável pela formação de ativos intangíveis conhecimento de mercado, prestígio da marca, domínio de processos, abastecimento do processo de gestão e de tomada de decisões da empresa/ organização , para a obtenção do sucesso no mercado e no meio ambiente no qual atua.
    A informação, como insumo da geração de novos conhecimentos de mercados, processos e produtos, configura-se atualmente como o recurso produtivo imprescindível para os profissionais e as organizações na nova economia, para quem o domínio e a correta utilização da informação permitem tomar as decisões mais acertadas, e envidar, ou seja, aplicar com empenho as ações mais produtivas que estabelecem o seu grau de sucesso na sociedade do conhecimento.
    A informação é, então, o componente central do patrimônio intelectual tanto dos indiví- duos, pelas suas competências e habilidades, como das empresas, pelo domínio e conhecimento formados por pesquisas e desenvolvimentos promovidos pelo aprendizado permanente, conforme afirma Senge (2013), em A quinta disciplina.
    A principal atividade e habilidade essencial do administrador de empresas é a de tomar decisões na gestão dos esforços para a aplicação otimizada dos recursos produtivos, mediante os seus planejamentos, aplicações, controles e avaliações de desempenho (GOMES; GOMES, 2002).
    A informação é caracterizada por duas propriedades que a diferenciam dos demais recursos produtivos: a rápida perecibilidade e a fácil replicabilidade.
    A perecibilidade da informação é uma propriedade que merece uma atenção especial, pois é definida pela degradação de seu valor econômico no tempo, pois nada vale para um profissional saber operar um equipamento obsoleto, ou saber que um cliente da empresa necessitava de um produto que já adquiriu da concorrência.
    A característica que diferencia fundamentalmente a informação dos demais recursos pro- dutivos limitados e finitos, como mão de obra, matéria-prima e capital, é a replicabilidade, que pode ser entendida como a capacidade de rápida multiplicação da informação, por ser facilmente disseminada sem que a fonte se esgote, e exemplificada pelo papel exercido pelos livros, em que o autor transmite informações a inúmeros leitores, sem que as perca.
    Então, segundo Prahalad e Hamel (2005), o ativo intangível nas empresas pode ser represen- tado por um projeto de produto, pelo domínio de um processo ou serviço, por redes de relaciona- mentos com clientes e fornecedores, e por uma estrutura empresarial eficiente e eficaz, composta de profissionais competentes, motivados e proativos.

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    Necessidades, possibilidades e potencialidades do uso de TI
    Atualmente, com a maior disponibilidade e o fácil acesso a computadores e sistemas infor- matizados, as empresas podem investir em melhorias de processos e no desenvolvimento de novos produtos e serviços. Segundo Turban e Volonino (2013), essa aplicação pode se dar nos três dife- rentes níveis empresariais: operacional, gerencial e estratégico.
    Suprindo necessidades operacionais: a eficiência
    No nível operacional, as tecnologias de informação proporcionam uma maior eficiência da organização, atendendo às necessidades de precisão, agilidade, volume, segurança e conforto nas transações primárias, efetuando cálculos mais exatos, com maior velocidade, realizando mais tra- balhos, diminuindo erros e simplificando as tarefas.
    A sua utilização resulta em redução direta de custos nas operações, com automações e inte- grações de tarefas, e na melhoria da produtividade e da qualidade dos serviços realizados e ofere- cidos. Fornecem também dados totalizados para decisões operacionais.
    Aumentando possibilidades gerenciais: a eficácia
    No nível tático, para os gerentes e decisores da empresa, os sistemas fornecem informações consolidadas de desempenho, planejado e realizado, dos recursos produtivos (mão de obra, matéria-
    -prima, capital), aumentando as possibilidades de melhorias na sua utilização. Com mais informações podem ser tomadas decisões com maior probabilidade de acerto, para realizar ações com melhores resultados, que propiciam uma maior eficácia gerencial, com melhoria na tomada de decisões, por meio do fornecimento de informações mais rápidas e precisas, possibilitando melhores projeções dos efeitos das decisões. Oportunizam também o estímulo de maior integração e interação entre os tomadores de decisão, com redução do grau de centralização de decisões na empresa.
    Explorando potencialidades estratégicas: a efetividade
    No nível estratégico, as tecnologias de informações podem auxiliar na pesquisa e no desen- volvimento de novos produtos e serviços ou agregar novos atributos e valor aos existentes, possibi- litando explorar as potencialidades e aprimorando as competências essenciais da organização em seu ramo de atuação.
    Asseguram a efetividade pela prosperidade da empresa em seu mercado de atuação, me- lhorando a adaptabilidade desta para enfrentar os acontecimentos futuros e não previstos, viabi- lizando a implementação de diferenciais competitivos inovadores em relação aos concorrentes, agregando TI aos próprios produtos e serviços.

    Tecnologias de informação aplicadas
    Para compor o contexto da atuação empresarial na economia digital, dispõe-se atualmente de diversas tecnologias de informação aplicadas, já viabilizadas e prontas para utilização nas empresas, a depender de suas necessidades e de um estudo de custo e benefício, conforme citado tanto por Stair e Reynolds (2015) quanto por Turban e Volonino (2013).

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    Automação comercial
    Todas as empresas têm à sua disposição uma oferta significativa de sistemas integrados, para automatizar as tarefas administrativas e comerciais, tanto internas como externas, junto aos fornecedores e clientes.
    Efetuam cotações, compras e recepção de mercadorias, controles de seus estoques e movimentações, e agilizam as vendas, com consultas e a emissão automática de documentos, com os registros de eventos e de ocorrências nas transações. Trabalham integrados com os processos financeiros resultantes, controlando as contas a pagar e a receber, as disponibilidades em contas-
    -correntes, efetuando pagamentos e recebimentos automaticamente. Também podem efetuar todos os registros legais e contábeis para apuração dos resultados e cálculos dos tributos incidentes sobre as transações efetuadas e os lucros obtidos.
    Em automação comercial, encontram-se tecnologias de identificação automática de pro- dutos, itens e pessoas, seja por códigos de barras de leitura ótica, por tarjas magnéticas em car- tões plásticos ou por etiquetas eletrônicas inteligentes (microchips) lidas por radiofrequência, bem como com leituras de características biométricas em indivíduos. A identificação automática agiliza a manipulação e minimiza os erros em operações que envolvem produtos, clientes e itens em gran- de quantidade.
    Em soluções mais elaboradas e modernas, automatizam-se as próprias operações de compra e venda, possibilitando ao próprio cliente ou fornecedor interagir com os sistemas da empresa, como o comércio eletrônico pela internet, transações bancárias em caixas eletrônicos, ou até com- pras eletrônicas, via leilões virtuais e cadeias de suprimentos integrados (Supply Chain).
    Automação industrial
    As aplicações de TI na indústria abrangem desde o projeto de produtos e processos, via CAD/CAM (Computer Aided Design/Computer Aided Manufacturing ou projetos auxiliados por computador), robotização de processos, gestão de produção, até a integração completa com forne- cedores e sistemistas.
    Atualmente, todos os projetos técnicos de engenharia são elaborados por computador, pois eliminam a necessidade de desenhistas copistas, permitindo modificações dinâmicas e aumentan- do a produtividade dos projetistas pela possibilidade de trabalhar com bibliotecas de elementos construtivos prontos. Isso transforma o trabalho de projetar, que antes era de desenhar repeti- damente os detalhes de um projeto, para montar elementos padronizados contidos em desenhos prévios, com reaproveitamento para novos projetos.
    Os projetos elaborados com um sistema CAD podem alimentar automaticamente os equi- pamentos dotados de CAM, com informações que parametrizam e regulam as máquinas com co- mandos numéricos computadorizados (CNC), eliminando a necessidade de operadores humanos nessas máquinas, com significativos ganhos de qualidade e produtividade, pela ausência de erros e pelo automatismo de operações de ajustes das máquinas.

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    Pelo alto grau de eletrônica embarcada nos produtos atuais (automóveis, telefones celulares, eletrodomésticos automáticos etc.), há a necessidade de rápidos e gradativos desenvolvimentos e melhoramentos nos softwares acoplados a eles, com versões cada vez mais aprimoradas. Para ela- boração, aprimoramento e controle de versões desses softwares, utilizam-se os CASEs (Computer Aided Software Engineering ou engenharia de software auxiliado por computador).
    A gestão de produção é pródiga em problemas quantitativos que, para a sua solução, ne- cessitam de aplicações matemáticas de alta complexidade, com situações que envolvem inúmeras variáveis a considerar na sua solução.
    O MRP (Material Resources Programming ou programação de recursos naturais), depois suplantado pelo mais abrangente MRP II (Manufacturing Resources Planning ou planejamento de todos os recursos de produção), necessita da realização de cálculos complexos e precisos, envol- vendo capacidades produtivas de máquinas, pessoas, setores, bem como a utilização otimizada dos demais recursos produtivos no tempo.
    Após a composição dos produtos, das quantidades a produzir e dos prazos de entrega prometidos, calculam-se as quantidades, por tipos e prazos de necessidades de componentes, matérias-primas, mão de obra, equipamentos, energia etc., para que a indústria possa planejar e viabilizar a disponibilidade dos insumos necessários à fabricação dos seus produtos, com custos compatíveis, para atender à demanda de clientes e do mercado.
    As modernas configurações de produção, com a formação de redes com fornecedores e clientes de forma a minimizar custos e agilizar o ciclo produtivo, é possibilitada pela evolução das tecnologias de integração de informações.
    Automação bancária
    As atividades financeiras das empresas podem ser plenamente integradas com os bancos, pois a atividade financeira é das que mais utilizam, investem e evoluem na aplicação de TI, pela própria natureza numérica das transações.
    As operações de recebimentos, cobranças, pagamentos e financiamentos encontram-se to- das portadas a meios eletrônicos, dispensando a utilização de moeda em espécie e mesmo de che- ques e documentação em papel.
    Pela necessidade de exatidão e celeridade das operações, os bancos utilizam tecnologias de telecomunicação e internet (celular e home banking), disponibilizam terminais eletrônicos e car- tões com tarjas magnéticas e chips (smartcards). Também dispõem de recursos de integração das operações interbancária (DOC, TED, TEF etc.), com a padronização dos relacionamentos entre todas as instituições do ramo mediante o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
    Automação de serviços
    As empresas em geral têm atividades administrativas e de gestão, em que necessitam elabo- rar documentos, textos, planilhas de cálculo, materiais de apresentação etc., e para isso dispõem de um arsenal bem diversificado de ferramentas de software, denominados office suites.

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    Os trâmites de correspondências, comunicados, processos etc. hoje são agilizados por siste- mas de workflow, que funcionam como uma espécie de controle de protocolos, indicando por onde um processo deve trafegar, onde se encontra, o tempo de despacho em cada etapa, o planejamento e os registros da produtividade das atividades burocráticas.
    Agendas corporativas integradas se encarregam de marcar compromissos e reuniões conjuntas de pessoas da organização, eliminando perdas de tempo devido a desencontros e faltas.
    A disponibilização de informação a clientes, visitantes etc. hoje pode ser efetuada por termi- nais interativos de consulta, dispensando recepcionistas e porteiros.
    Os serviços governamentais estão dotados de sites para agilizar atendimentos e de integrações digitais, principalmente nas arrecadações de impostos e tributos em geral, solicitações e consultas a serviços públicos, desonerando esses processos dos custos e erros da execução manual dessas tarefas.
    1.5.5 Sistemas integrados e banco de dados (BD)
    Cenários complexos do mundo empresarial demandam ferramentas de inter-relacionamento de dados e informações que possibilitem um maior conhecimento de contexto, para apoio a decisões que podem alterar os rumos de uma empresa. Dados primários armazenados pelas transações empresariais formam volumes enormes de registros que, pelo tempo necessário para pesquisa, podem impossibilitar o uso ágil e eficaz desses bancos de dados.
    Para resolver esse impasse de um sistema que realmente dê suporte às decisões estratégicas,
    data warehouses
    existem tecnologias de formação de para realizar a garimpagem de dados. Com
    informações selecionadas e previamente consolidadas das bases de dados transacionais da empre- sa, somados a outros dados externos à empresa, sobre o mercado, concorrentes e produtos, pode-se formar um sistema de apoio à decisões (SAD) ou de Business Intelligence (BI), para agilizar e dar mais precisão às ações estratégicas da organização.
    Bancos de dados dos clientes e seus relacionamentos com a empresa viabilizam ações de CRM (Customers Relationship Management ou gestão de relacionamento com clientes), para estrei- tar os laços da empresa com os clientes finais, efetivos e potenciais, com o objetivo de melhorar o desempenho da organização.
    As informações de relacionamentos com fornecedores e parceiros podem potencializar os resultados de todos, mediante tecnologias de Partner Relationship Management e de Supply Chain Management, fortalecendo as relações com os distribuidores, varejistas e fornecedores dos pro- dutos da indústria. Exemplo: montadoras automobilísticas com os fornecedores de componentes; fábricas de cerveja promovendo suas vendas com freezers em comodato nos revendedores.
    1.5.6 Multimídia
    As tecnologias de geração, tratamento e uso de recursos multimídias, como voz, sons, imagens estáticas, vídeos etc., foram todas digitalizadas e popularizadas, o que possibilitou o desenvolvimento de dispositivos e soluções que podem ser aplicados em contextos empresariais e de negócios. A utiliza- ção dessas tecnologias já formatadas para uso, potencializadas pelas infraestruturas de comunicação e internet, possibilitaram ampliar e inovar nas aplicações de impactos empresariais e sociais por meio de:
    data warehouses: armazém de dados.

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    Teleconferências, palestras, treinamentos e ensino a distância As tecnologias de di- gitalização de vídeos, imagens e de sons tornaram as suas transmissões mais precisas e rápidas, viabilizando atividades remotas de troca e disseminação de informações.
    Realidade virtual projetos consorciados, engenharia simultânea O aumento do poder de processamento dos computadores e da capacidade de transmissão digital possibilita a realização de projetos de engenharia com participação simultânea de técnicos de diferen- tes locais e países, utilizando-se desse recurso para a materialização virtual do produto, substituindo a necessidade de maquetes nos projetos. Exemplo: projetos integrados de aeronaves Embraer.
    Tecnologias convergentes texto, áudio, vídeo e internet A riqueza na transmissão de in- formações e na interação de pessoas, pela agregação das tecnologias de texto, áudio e vídeo, com conversação face-to-face na internet (VoIP+vídeo), tornam as negociações e resoluções mais velozes e precisas, eliminando-se a necessidade de deslocamentos físicos das pessoas.
    Video streamer imagens digitalizadas dinâmicas Arquivos de vídeo são volumosos e demoram a ser transmitidos. Para suprir esse problema, surgem na internet serviços para armazenar vídeos, que podem ser acessados e vistos a distância pelos arquivos originais, sem a perda de tempo de sua transmissão total. Essa tecnologia possibilita a transmissão on demand (por solicitação) de imagens via internet, que são utilizadas em diversas apli- cações empresariais e pessoais. Exemplos: realidade aumentada (conteúdos adicionais), treinamentos, ilustração de processos etc.
    1.5.7 Internet
    Há alguns serviços já consagrados e disseminados:
    Quadro 1 Serviços via internet
    Fonte: Elaborado pelo autor.
    Além desses, a internet vem sendo cada vez mais utilizada como plataforma para novas apli- cações empresariais, conforme apresentado nos exemplos a seguir.
    Business to Customer (B2C) A internet possibilita a interação direta da empresa com o consumidor, seja para realizar vendas, atendimento pós-venda ou serviços de atendimen- tos diversos. Exemplos: comércio eletrônico, meios de pagamentos avulsos, SAC, acessos a bibliotecas de documentações e/ou especificações de produtos.
    Business to Business (B2B) Possibilita a conexão direta entre empresas que efetuem tro- cas estruturadas e volumosas de informações ou possam realizar as suas transações entre si pela rede.

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    Data centers e sistemas corporativos A evolução dos indicadores de desempenho de velocidade e de segurança da internet viabiliza a operação de sistemas corporativos inte- gralmente na rede, com a centralização dos bancos de dados em empresas prestadoras de serviços de hospedagem de servidores de arquivos.
    Monitoração remota
    As facilidades de telecomunicação, combinadas com as tecnologias específicas de mapeamentos geodesicamente referenciados (informações técnicas de latitude e longitude), e de aplicações de diversas outras tecnologias, tais como a de reconhecimento de imagens e identificações automáticas, possibilitam os serviços de localização geográfica e de segurança pública e privada, como veremos a seguir.
    Serviços de localização geográfica
    Os serviços de localização geográfica baseados em tecnologias de GPS (Global Position System), que utilizam uma rede de satélites estacionários, permitindo estabelecer a latitude e lon- gitude, possibilitam localizar instantaneamente pessoas, veículos, animais e produtos a qualquer tempo, e são utilizados por transportadoras, seguradoras, serviços de segurança etc.
    Além do GPS, essa localização geográfica também é viabilizada pelos serviços de telefonia celular, via triangulação efetuada pelas estações rádio base (ERBs), que captam os sinais dos apare- lhos conectados às operadoras de telefonia móvel.
    Segurança pública e privada videovigilância, radares a laser
    Radares a laser detectam infratores de excesso de velocidade em vias de trânsito de veículos, e centrais de vídeo monitoram a segurança em locais públicos e privados para controle e identifi- cação biométricas de pessoas em ocorrências de transgressões da lei.

    A computação como serviço: outsourcing
    Similarmente a outras commodities de fornecimento contínuo de serviços, tais como energia elétrica, água, telefonia, atualmente várias funcionalidades ofertadas pelas tecnologias de infor- mação e comunicação são entregues aos usuários em formato de serviços, e não mais de compra de produtos de software, hardware e teleprocessamento, com a designação de SaaS Software as a Service, conforme previsto por Carr (2008).
    Os serviços de computação são formatados em facilidades que suprem as necessidades individuais e empresariais de serviços, prestados por meio das tecnologias de informação e comunicação, não exigindo dos usuários finais o conhecimento especializado nos funcionamentos técnicos e específicos de programas e equipamentos, acessados e operados fácil e intuitivamente, assim como quem precisa e utiliza energia elétrica não precisa entender de geradores, transformadores e linhas de transmissão.


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