Curso Online de CABANAGEM (1835 - 1840)
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Curso Online de CABANAGEM (1835 - 1840)

UMA DAS MAIS IMPORTANTES REVOLTAS NO PERÍODO IMPERIAL DO BRASIL, ONDE A CAMADA POBRE CONSEGUIU CHEGAR AO PODER.

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UMA DAS MAIS IMPORTANTES REVOLTAS NO PERÍODO IMPERIAL DO BRASIL, ONDE A CAMADA POBRE CONSEGUIU CHEGAR AO PODER.

Licenciado em História pela Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA (Polo Amapá), Especialista em História do Amapá pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Docência do Ensino Superior pela Universidade Norte Paraná UNOPAR (Polo Amapá) é o autor do livro CABRALZINHO: a construção do mito de um herói inventado na sociedade amapaense atualmente é Profº de cursos preparatórios para Vestibular e concursos, e há 18 anos faz parte da quadra junina amapaense.


"A minha nota"

- Manuel Arruda Da Silva

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  • CABANAGEM (1835 – 1840)

    PROFº DIOVANI SILVA
    EMAIL: diovani_13@hotmail.com

  • A Cabanagem foi um movimento de revoltas sociais ocorrido, entre os anos de 1835 e 1840. Uma de suas principais características foi a grande participação popular. Por isso, ela é considerada, por muitos, como o mais importante movimento social ocorrido na Amazônia durante o período imperial, e um dos mais importantes do Brasil.

  • São de relativamente pouco tempo as homenagens oficiais à Cabanagem na cidade de Belém. Elas datam apenas da década de 80 do século passado, com a construção do Memorial da Cabanagem, no Entroncamento. Por incrível que pareça, antes disso, uma das lembranças registradas na cidade é o nome da travessa 13 de maio, que muitos pensam tratar-se de uma homenagem à abolição da escravidão. Ledo engano: trata-se do dia que os cabanos saíram derrotados de Belém, tendo que entregar o governo ao enviado da Regência, o comandante Soares Andrea.

    A MEMÓRIA DA CABANAGEM

  • Ainda no século XIX, a Cabanagem não trazia boas lembranças às elites paraenses. Ela era vista como uma eclosão de violência da ralé contra as famílias de bem. Numa das mais importantes publicações sobre a Cabanagem, o político e historiador vigiense Domingos Antônio Raiol, o Barão do Guajará, assim escreve em certo trecho de sua obra.

  • “Requinta então a perversidade moral. O sentimento sedicioso desperta os maus instintos da plebe, eleva a escória social, assanha os malfeitores, produz abomináveis cenas de sangue e aviltamento! Homens, mulheres, propriedades, lar doméstico, tudo foi sacrificado ao furor satânico dos sicários que infestaram a cidade e repetiram depois nas vilas e povoações as mesmas violências e atrocidades da capital! Era o triste desenlace do drama começado nos anos anteriores, sob a influência direta das classes superiores a que pertenciam os protagonistas primitivos.”

    (RAIOL, Domingos Antônio. Motins Políticos, p. 804. Belém, Ufpa, 1970).

  • Mas nem todas as pessoas tinham essa imagem negativa da Cabanagem. Observe o que o historiador José Maia Neto afirma em outra obra.

    “(...) houvera com certeza pessoas que lembravam a Cabanagem como um importante momento de suas vidas, no qual puderam lutar pelas mudanças sociais que melhorassem a sua sorte, enquanto pessoas pobres livres ou escravas, ainda que houvessem sido derrotadas. Quais seriam estes setores sociais que recordavam a Revolução Cabana com tanta simpatia? Os homens livres e libertos pobres, geralmente negros e mestiços de variados tons; os índios e tapuios amazônidas, os escravos e outras pessoas livres remediadas e até mesmo abastadas que, sendo excluídas da participação política na direção dos negócios do governo provincial, também pegaram em armas contra a ordem estabelecida.”

    (BEZERRA NETO, José Maia. A Cabanagem: A Revolução no Pará. p. 74. in ALVES FILHO, Armando. SOUZA JR., José Alves de. E BEZERRA NETO, José Maia. Pontos de História do Pará. Belém, Paka-Tatu, 2001).

  • UMA SITUAÇÃO JÁ CONHECIDA

    Sabe-se que uma enorme distância separava o Grão-Pará do Rio de Janeiro, que era a capital do Brasil. De acordo com a Constituição de 1824, as autoridades eram nomeadas diretamente pelo poder central, sem consulta à população da Província.
    Como se sabe, a maior autoridade era o Presidente da Província, seguido do Comandante-de-Armas. E essas autoridades, por vezes, acabavam por se aliar às elites que há muito dominavam a província. Além de serem considerados arbitrários, tratavam com descaso os problemas que afligiam a maior parte da população paraense.

  • A tela de Alfredo Norfini, que reproduzimos acima, é uma invenção de seu autor e dos homens de sua época Fazia sentido nos idos da década de 1930 e 1940 descrever um “tipo ideal” de cabano, pois, naquela época, muitos intelectuais e políticos estavam envolvidos com o Estado Novo. Havia toda a problemática da identidade regional e nacional sendo remodelada (...)

  • (...)Getúlio Vogas e Magalhães Barata procuravam encontrar feições ideais para o trabalhador brasileiro, o homem simples, o lavrador ou o operário, que devera ser educado e informado pelo governo, em uma típica discussão da política estadonovista e depois populista. No entanto, hoje é possível afirmar com segurança que o cabano de Norfini representava uma parte e não todos os cabanos (...)

  • (...) Se em Belém e arredores os mestiços poderiam ser a cara de cabano mais vista e revista em 1835, em outras localidades e em muitas situações este rosto seria de um negro de um branco e até de um estrangeiro. Havia tribos indígenas inteiras que, com ousem vestimentas, aliaramse ora aos cabanos, ora aos não-cabanos. Assim, nem todos os cabanos usavam o típico chapéu ou andavam descalços, ou ainda vestiam roupas rasgadas. É preciso valorizar a população da Amazônia em sua diversidade, distribuição territorial e número.”
    (RICCI, Magda. Op. Cit.)

  • DIVERSIDADE SOCIAL, POBREZA E OPRESSÃO

    Como já estudamos, a população do Pará era muito variada. As camadas pobres e sofridas ocupavam terrenos alagadiços, morando em pequenas cabanas humildes, quase todas cobertas de palha. Muitos historiadores afirmam que é daí que provém o nome Cabanagem. E foi essa população mestiça e pobre que formou a base do grande movimento da Cabanagem.


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