Curso Online de O CRESCIMENTO DO MERCADO INTERNO E DA VIDA URBANA NO BRASIL COLÔNIA

Ao contrário da sociedade açucareira do Nordeste, o centro da vida nas minas não eram as fazendas, mas as cidades, onde se aglomeravam milhares de pessoas. Ali os habitantes cuidavam de seus negócios, promoviam festas e participavam das atividades religiosas.

A descoberta de ouro nas regiões das Minas atraiu pessoas de várias partes do Brasil e da Europa. Em torno das lavras surgiram casas, ruas e os primeiros espaços públicos.

As novas cidades cresciam espontaneamente, de acordo com as necessidades de ocupação.

Entre as principais localidades mineiras, apenas a Vila do Ribeirão do Carmo elevada à categoria de cidade em 1745 com o nome de Mariana, teria um traçado quadrangular, elaborado por um engenheiro militar.

Em Vila Rica, as ruas permaneceram livres de qualquer organização.

Diante da velocidade do crescimento das vilas, a Coroa portuguesa não conseguia impor os padrões europeus de cidade planejada, com ruas retas e planas.

O atropelo da ocupação das vilas mineiras, ao lado de outros fatores, explica a instabilidade social que caracterizou a região, a pobreza em que viviam a maior parte da população e a dificuldade de estabelecer atividades econômicas estáveis e duradouras.

Apesar da abundância de ouro, poucos habitantes das cidades mineiras conseguiram acumular fortunas.

O próprio critério para conceder as datas, baseado no número de escravos de cada proprietário, ajudou a formar um grupo muito pequeno de homens ricos.