Curso Online de O ROMANCE NO ESPORTE: PERSPECTIVAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA E DA PSICOLOGIA

AUTOR: FABRÍCIO CAVALCANTE

2025

RESUMO

O PRESENTE ESTUDO TEVE COMO OBJETIVO INVESTIGAR AS IMPLICAÇÕES DAS RELAÇÕES AFETIVO-AMOROSAS NO CONTEXTO ESPORTIVO, SOB AS PERSPECTIVAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA E DA PSICOLOGIA. ATRAVÉS DE UMA ABORDAGEM QUALITATIVA E REVISÃO BIBLIOGRÁFICA, ANALISARAM-SE OS IMPACTOS EMOCIONAIS, PEDAGÓGICOS E ÉTICOS DESSAS RELAÇÕES, ESPECIALMENTE ENTRE ATLETAS E TREINADORES. OS RESULTADOS INDICAM QUE O ROMANCE NO ESPORTE AINDA É TRATADO COMO TABU OU ELEMENTO SECUNDÁRIO, APESAR DE SUA SIGNIFICATIVA INFLUÊNCIA NO DESEMPENHO, NA COESÃO GRUPAL E NA SAÚDE MENTAL DOS ENVOLVIDOS. A PESQUISA CONCLUI QUE É FUNDAMENTAL CONSIDERAR A AFETIVIDADE COMO DIMENSÃO LEGÍTIMA DA EXPERIÊNCIA ESPORTIVA E PROPOR DIRETRIZES PEDAGÓGICAS E ÉTICAS QUE CONTRIBUAM PARA PRÁTICAS MAIS HUMANAS E INTEGRADAS ENTRE CORPO, MENTE E EMOÇÃO.

PALAVRAS-CHAVE: AFETIVIDADE NO ESPORTE; RELAÇÕES AMOROSAS; PSICOLOGIA DO ESPORTE; EDUCAÇÃO FÍSICA; ÉTICA PROFISSIONAL.

INTRODUÇÃO

O ESPORTE, HISTORICAMENTE ASSOCIADO À COMPETIÇÃO, AO DESEMPENHO E À SUPERAÇÃO DE LIMITES FÍSICOS, TEM SIDO CADA VEZ MAIS COMPREENDIDO COMO UM FENÔMENO MULTIDIMENSIONAL QUE ENVOLVE ASPECTOS EMOCIONAIS, SOCIAIS, CULTURAIS E SUBJETIVOS. DENTRO DESSE CONTEXTO, O ROMANCE NO ESPORTE ENTENDIDO COMO A VIVÊNCIA DE RELAÇÕES AFETIVAS E AMOROSAS ENTRE ATLETAS, TÉCNICOS OU DEMAIS ENVOLVIDOS NAS PRÁTICAS ESPORTIVAS EMERGE COMO UM TEMA RELEVANTE PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA E PARA A PSICOLOGIA, SOBRETUDO NAS ANÁLISES DAS DINÂMICAS INTERPESSOAIS, DA MOTIVAÇÃO E DA SAÚDE MENTAL NO AMBIENTE ESPORTIVO.

NA EDUCAÇÃO FÍSICA, O ESTUDO DAS INTERAÇÕES AFETIVAS ENTRE PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS E ATLETAS CONTRIBUI PARA AMPLIAR A COMPREENSÃO DO ESPORTE COMO UM ESPAÇO DE FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL, E NÃO APENAS COMO UM MEIO DE DESENVOLVIMENTO FÍSICO OU RENDIMENTO TÉCNICO. O ROMANCE NO CONTEXTO ESPORTIVO, AINDA QUE POUCO EXPLORADO EM PESQUISAS ACADÊMICAS, PODE IMPACTAR SIGNIFICATIVAMENTE O COMPORTAMENTO DOS INDIVÍDUOS, SUA ADESÃO ÀS PRÁTICAS, O RENDIMENTO EM COMPETIÇÕES E ATÉ MESMO A DINÂMICA GRUPAL E PEDAGÓGICA DENTRO DAS EQUIPES.

JÁ SOB A ÓTICA DA PSICOLOGIA, ESPECIALMENTE DA PSICOLOGIA DO ESPORTE, O ENVOLVIMENTO ROMÂNTICO ENTRE ATLETAS OU ENTRE TÉCNICO E ATLETA PODE TANTO FUNCIONAR COMO FATOR MOTIVACIONAL QUANTO REPRESENTAR UM PONTO DE CONFLITO, PRESSÃO OU DISTRAÇÃO. ALÉM DISSO, RELAÇÕES AFETIVAS NO CONTEXTO ESPORTIVO TAMBÉM LEVANTAM QUESTÕES SOBRE ÉTICA PROFISSIONAL, LIMITES DA INTIMIDADE NO TRABALHO, E AS REPERCUSSÕES DESSAS RELAÇÕES NA SAÚDE EMOCIONAL E NO DESEMPENHO PSICOLÓGICO DOS ENVOLVIDOS.

A ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR ENTRE A EDUCAÇÃO FÍSICA E A PSICOLOGIA PERMITE REFLETIR SOBRE O PAPEL DAS EMOÇÕES NO ESPORTE, INCLUINDO O AMOR, A PAIXÃO, O CIÚME E O APEGO, OFERECENDO SUBSÍDIOS PARA PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E CLÍNICAS MAIS SENSÍVEIS À COMPLEXIDADE HUMANA. COMPREENDER COMO OS ROMANCES SE DESENVOLVEM NESSE AMBIENTE E QUAIS SEUS EFEITOS PODE AUXILIAR TREINADORES, PROFESSORES E PSICÓLOGOS A LIDAREM COM ESSAS SITUAÇÕES DE FORMA ÉTICA, CONSTRUTIVA E EQUILIBRADA.

NESTE SENTIDO, INVESTIGAR O ROMANCE NO ESPORTE SOB ESSAS DUAS PERSPECTIVAS NÃO É APENAS RECONHECER SUA EXISTÊNCIA, MAS PROPOR UMA ANÁLISE CRÍTICA E REFLEXIVA SOBRE SUAS IMPLICAÇÕES NOS PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM, DESENVOLVIMENTO PESSOAL E RENDIMENTO ESPORTIVO.

JUSTIFICATIVA

A PRÁTICA ESPORTIVA, EM SEUS DIVERSOS CONTEXTOS EDUCACIONAL, RECREATIVO OU DE ALTO RENDIMENTO , CONFIGURA-SE COMO UM AMBIENTE FÉRTIL PARA O DESENVOLVIMENTO DE VÍNCULOS INTERPESSOAIS SIGNIFICATIVOS. NO ENTANTO, ENQUANTO ASPECTOS COMO COOPERAÇÃO, LIDERANÇA, DISCIPLINA E SUPERAÇÃO SÃO AMPLAMENTE DISCUTIDOS NOS CAMPOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA E DA PSICOLOGIA, AS RELAÇÕES AFETIVO-AMOROSAS NO ESPORTE PERMANECEM COMO UMA TEMÁTICA MARGINALIZADA OU TRATADA DE MANEIRA SUPERFICIAL.

O ROMANCE NO ESPORTE, LONGE DE SER UMA OCORRÊNCIA IRRELEVANTE OU MERAMENTE CASUAL, PODE INFLUENCIAR DIRETAMENTE A MOTIVAÇÃO, O DESEMPENHO, A COESÃO DE GRUPO E A SAÚDE MENTAL DOS ENVOLVIDOS. EM CONTEXTOS COMPETITIVOS, POR EXEMPLO, RELACIONAMENTOS AFETIVOS ENTRE ATLETAS OU ENTRE ATLETAS E TREINADORES PODEM GERAR SITUAÇÕES DE FAVORECIMENTO, CIÚMES, TENSÃO EMOCIONAL OU MESMO PRÁTICAS DE ABUSO DE PODER, EXIGINDO UMA ATENÇÃO ÉTICA E PROFISSIONAL DOS EDUCADORES FÍSICOS E PSICÓLOGOS DO ESPORTE.

SOB A ÓTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA, INVESTIGAR TAIS RELAÇÕES PERMITE APROFUNDAR A COMPREENSÃO DA AFETIVIDADE COMO DIMENSÃO IMPORTANTE DA FORMAÇÃO HUMANA. JÁ PELA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA, COMPREENDER OS IMPACTOS EMOCIONAIS DESSAS RELAÇÕES PODE CONTRIBUIR PARA A PROMOÇÃO DO BEM-ESTAR PSICOLÓGICO DOS ATLETAS E PARA A CONSTRUÇÃO DE INTERVENÇÕES MAIS EFICAZES, RESPEITANDO OS LIMITES DA INTIMIDADE, DA ÉTICA E DA INDIVIDUALIDADE.