Curso Online de Introdução à História Geral - História da Índia Antiga

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    Introdução à História Geral - História da Índia Antiga

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  • O curso Introdução à História Geral História da Índia Antiga tem o intuito de compilar informações para que os interessados sobre a temática possam aprimorar seu conhecimento sobre as principais características da área, tais como: civilização do vale do indo, civilização védica, os 16 mahajanapadas da idade do ferro, invasões persa e grega, império Aquemênida, o império de Alexandre, império Mágada, império gupta.

  • CIVILIZAÇÃO DO VALE DO INDO

    Civilização do Vale do Indo (CVI) foi uma civilização da Idade do Bronze nas regiões noroeste do sul da Ásia, que existiu entre 3 300 a.C. e 1 300 a.C., sendo que atingiu seu auge entre 2600 e 1 900 a.C..[1][nota 1] Juntamente com o Antigo Egito e a Mesopotâmia, foi uma das três primeiras civilizações da região, compreendendo o norte da África, o oeste da Ásia e o sul da Ásia, e das três, a mais difundida, sendo que seu complexo de centros urbanos abrange uma área que se estende do nordeste do Afeganistão, através de grande parte do Paquistão e o oeste e noroeste da Índia.[2][nota 2] Floresceu nas bacias do rio Indo, que flui através do Paquistão e ao longo de um sistema de rios perenes, principalmente alimentados por monções, que antes corriam nas proximidades do sazonal rio Gagar, no noroeste da Índia e no leste do Paquistão.[1][3]

  • As cidades da civilização eram destacadas por seu planejamento urbano, casas de tijolos assados, sistemas elaborados de drenagem e abastecimento de água, aglomerados de grandes edifícios não residenciais e novas técnicas de artesanato (produtos de cornalina, entalhes em selos) e metalurgia (cobre, bronze, chumbo e estanho).[4] As grandes cidades de Moenjodaro e Harapa muito provavelmente chegaram a ter entre 30.000 e 60.000 habitantes,[5][nota 3] sendo que a própria civilização, durante a sua florescência, pode ter contido entre um e cinco milhões de pessoas.[6][nota 4] A gradual seca do solo da região durante o III milênio a.C. pode ter sido o estímulo inicial para a urbanização associada à civilização, mas também reduziu o suprimento de água o suficiente para causar seu desaparecimento e a migração de sua população para o leste.[7][8][3][9]

  • A civilização também é conhecida como Civilização Harapeana, por conta da cidade de Harapa, a primeira a ser escavada no início do século XX no que era então a Índia britânica e agora é o Paquistão.[10][nota 5] A descoberta de Harapa, e logo depois de Moenjodaro, foi o ponto culminante do trabalho que começou em 1861 com a fundação do Serviço Arqueológico da Índia durante o Raj britânico.[11] No entanto, houve culturas anteriores e posteriores, frequentemente chamadas pré-harapeanas e pós-harapeanas na mesma região. Em 2002, foram relatadas mais de 1000 cidades e assentamentos harapeanos, dos quais pouco menos de cem haviam sido escavados,[12][nota 6][13][14][nota 7] Entretanto, existem cinco principais locais urbanos:[15][nota 8] Harapa, Moenjodaro (Patrimônio Mundial da UNESCO), Dolavira, Ganueriual, no Deserto de Cholistão, e Raquigari.[16][nota 9] As primeiras culturas harapeanas foram precedidas por aldeias agrícolas neolíticas locais, a partir das quais as planícies fluviais foram povoadas.[17][18]

  • O idioma harapeano não é diretamente atestado e sua afiliação é incerta, pois a escrita indo ainda não foi decifrada.[19] Um relacionamento com a família de idiomas dravidiano é uma teoria defendidas por uma parte dos estudiosos.[20][21]

  • A civilização do vale do Indo é nomeada por conta do sistema do rio Indo, cujas planícies aluviais foram os primeiros locais onde vestígios da civilização foram identificados e escavados.[22][nota 10] Seguindo uma tradição em arqueologia, a civilização é às vezes chamada de harapeana, por conta de Harapa, o primeiro local a ser escavado na década de 1920; isso é notavelmente verdadeiro no uso empregado pelo Serviço Arqueológico da Índia após a independência da Índia em 1947.[23][nota 11]

  • Uma parte dos estudiosos usa os termos "cultura sarasvati", "civilização sarasvati", "civilização indo-sarasvati" ou "civilização sindu-sarasuati", porque consideram o rio Gagar o mesmo que o Sarasvati,[24][25][26] um rio mencionado várias vezes no Rig Veda, uma coleção de antigos hinos sânscritos compostos no II milênio a.C..[27][28][29][nota 12] No entanto, pesquisas geofísicas recentes sugerem que, diferentemente do Sarasvati, cujas descrições no Rig Veda são as de um rio alimentado pela neve, o Gagar era um sistema perene de rios alimentados por monções, que se tornaram sazonais na época em que a civilização diminuiu, aproximadamente há 4000 anos.[3][nota 13] Além disso, os defensores da nomenclatura "sarasvati" veem uma conexão entre o declínio da civilização e a ascensão da civilização védica na planície gangética; no entanto, historiadores do declínio da civilização do Vale do Indo consideram as duas substancialmente desconectadas.[32][nota 14]

  • A civilização do Indo era aproximadamente contemporânea das demais civilizações ribeirinhas do mundo antigo: o Egito ao longo do Nilo, Mesopotâmia nas terras regadas pelo Eufrates e Tigre e a China na bacia de drenagem do rio Amarelo. Na época de sua fase madura, a civilização havia se espalhado por uma área maior do que as outras mencionadas, o que incluía um núcleo de 1.500 km acima do plano aluvial do Indo e de seus afluentes. Além disso, havia uma região com flora, fauna e habitats díspares, até dez vezes maiores, que haviam sido moldados cultural e economicamente pelo Indo.[33][nota 15]


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