Curso Online de Introdução à Geriatria e Gerontologia

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Introdução à Geriatria e Gerontologia

O curso Introdução à Geriatria e Gerontologia tem a intenção de promover o aprimoramento dos profissionais, estudante e interessados da área no que tange os principais conteúdos, tais como: práticas e modelos preventivos na geriatria e gerontologia; atividade física e exercício na terceira idade; o cuidado integral ao idoso na geriatria e gerontologia contemporânea.

A senescência ou envelhecimento é um processo natural e integrado ao desenvolvimento ontogenético de quase todos os organismos, especialmente dos multicelulares de maior complexidade. Neste caso, há um paulatino comprometimento funcional diferenciado dos órgãos e tecidos. A senescência diz respeito a um processo complexo, provavelmente motivado por vários fatores que atuam em distintos níveis de organização biológica.
A teoria do envelhecimento por lesão do DNA diz respeito ao nível molecular e celular e busca elucidar alguns dos fatores responsáveis pela produção do fenótipo tipicamente associado ao envelhecimento. Sua premissa é a de que as células no transcurso temporal e de repetidos ciclos mitóticos passam a acumular lesões no DNA. Tais lesões, embora muitas vezes redundem em mutações, não podem ser confundidas com estas, pois compreendem danos em escala maior, tipicamente relacionado à mudança conformacional de longas sequências de DNA. Tais mudanças, durante o processo de transcrição e tradução, podem ser responsáveis por mutações ou silenciamentos genéticos.

As fontes lesionadoras do DNA podem ser intrínsecas: ERO (espécies reativas de oxigênio) ou outras reações químicas espontâneas ou extrínsecas: compostos químicos mutagênicos e radiações. Os danos mais comuns ao material genético são a desaminação, despurinização e o rompimento simultâneo de ambas as cadeias de DNA.

Nosso organismo, no entanto, possui mecanismos inatos de reparo para essas e outras lesões, tais como os complexos enzimáticos REB (reparadores de excisão de base), REN (reparadores de excisão de nucleotídeo) e JFNH (reparadores para junção final de cadeias de DNA não homólogas). Corrobora a teoria do envelhecimento por lesão de DNA o fato de que muitas das síndromes do envelhecimento precoce estão associadas à debilitação de um ou mais desses mecanismos inatos de reparo.

O acumulo de lesões no material genético pode provocar a interrupção do ciclo celular ou desregulação da expressão gênica, que podem levar à disfunção ou morte celular (apoptose) prematuramente. Ao nível tecidual, pode comprometer a renovação de linhages de células tronco e quebra da homeostase. Tal conjunto de alterações conspira para a produção do fenótipo tipicamente associado ao envelhecimento.

As teorias do envelhecimento buscam explicar os mecanismos biológicos, psicológicos e sociais que estão envolvidos no processo de envelhecimento humano. Existem várias teorias, que podem ser agrupadas em teorias biológicas, psicológicas e sociais. 

Teorias Biológicas:
Teoria Genética:
Afirma que o envelhecimento é determinado, em parte, pelos genes e que alguns genes são responsáveis por influenciar a longevidade. 
Teoria do Desgaste:
Sugere que o envelhecimento ocorre devido ao desgaste natural das células e tecidos do corpo
ao longo do tempo, por estresse oxidativo, radiação, toxinas, entre outros fatores. 
Teoria dos Radicais Livres:
Postula que os radicais livres, moléculas reativas produzidas pelo metabolismo, causam danos às células, tecidos e órgãos, contribuindo para o envelhecimento. 
Teoria do Acúmulo de Danos:
Afirma que o envelhecimento resulta do acúmulo de danos moleculares e celulares, incluindo danos ao DNA e às proteínas. 
Teoria Imunológica:
Sugere que o envelhecimento é influenciado pela diminuição da função do sistema imunológico com o passar do tempo. 
Teoria do Envelhecimento Mitocondrial:
Considera que a disfunção das mitocôndrias, as organelas responsáveis pela produção de energia celular, contribui para o envelhecimento e a morte celular. 

Teorias Psicológicas:
Teoria da Atividade:
Proposta por Parkin e Havighurst, argumenta que a atividade e a participação social são importantes para um envelhecimento bem-sucedido.
Teoria do Desengajamento:
Afirma que o envelhecimento é um processo natural de desengajamento das atividades e papéis sociais, para que os idosos possam se preparar para a morte.
Teoria da Continuidade:
Propõe que os idosos tendem a manter seus padrões de comportamento e hábitos de vida ao longo do tempo, com algumas adaptações às mudanças. 
Teorias Sociais:
Teoria do Envelhecimento Bem-Sucedido:
Sugere que o envelhecimento pode ser considerado bem-sucedido quando o indivíduo mantém sua autonomia
, funcionalidade e bem-estar, com a manutenção de atividades físicas, prevenção de quedas e prevenção da depressão. 
Teoria da Interação Social:
Considera que as interações sociais e o apoio social são importantes para a saúde e o bem-estar dos idosos, contribuindo para um envelhecimento mais saudável e feliz. 

Outras considerações:
Envelhecimento Biológico:
Refere-se aos processos biológicos de mudança e declínio que ocorrem com o tempo.
Envelhecimento Funcional:
Considera a capacidade funcional dos idosos, como sua habilidade de realizar atividades da vida diária.
Envelhecimento Psicológico:
Examina os aspectos psicológicos do envelhecimento, como a cognição, a memória e as emoções.
Envelhecimento Social:
Analisa as mudanças e adaptações sociais que ocorrem com o envelhecimento, incluindo o impacto das políticas públicas e dos costumes sociais.