Curso Online de ZOOLOGIA GERAL
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Até o início do século XX, praticamente todos os estudos sobre a fauna de anfíbios e répteis brasileiros foram realizados por estrangeiro...

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Até o início do século XX, praticamente todos os estudos sobre a fauna de anfíbios e répteis brasileiros foram realizados por estrangeiros. Inicialmente a Coroa Portuguesa mantinha a colônia fechada aos exploradores, mas depois, com a vinda da Família Real para o Brasil, em 1808, grandes expedições de naturalistas puderam entrar no país para estudar sua fauna e flora. Pode-se citar, para essa época, as viagens de Spix e Martius e do Príncipe Maximilian de Wied-Neuwied, entre outros. Porém, o material era coletado e enviado à Europa para estudo, praticamente nada permanecendo no Brasil. Eram ainda incipientes as iniciativas para a formação de pesquisadores no país.

MINI CURRÍCULO Sou Rosimeire Moreira Quintela, formada em Pedagogia com habilitação em Supervisão Educacional e Pós-Graduada em Educação Especial, Mídias integradas na Educação pelo CIPEAD, e pós em Psicopedagogia em Educação a Distância pela FACINTER, já participei de dois GTR Grupo de Trabalho em Rede pela SEED organizado pelo PDE como cursista e de várias jornadas pedagógicas oferecidas pala UNIOESTE e SEED, trabalho há 28 anos como professora na Escola de Educação Especial Cristian Eduardo Hack Cardozo (ACDD) em Foz do Iguaçu, com alunos Deficientes Físicos Neuromotores, sou concursada 40 horas pela Secretaria de Educação do Estado do Paraná-SEED. Atualmente estou trabalhando na Tutoria Presencial do curso de Pedagogia - UEM/UAB Polo de Foz do Iguaçu e na equipe Pedagógica do Colégio Paganoto e realizando Especialização no Ensino de Ciências. Amo fazer vídeos educativos...


- Marcos Antonio Mendes

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    OLÁ SOU ROSIMEIRE MOREIRA QUINTELA
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    GRADUADA EM PEDAGOGIA PELA UNOESTE DE PRESIDENTE PRUDENTE SÃO PAULO
    CONHEÇAM OUTROS DA AUTORA
    NA ÁREA DA EDUCAÇÃO, SAÚDE E OUTROS.
    ACESSE www.buzzero.com/autores/rosimeire-quintela?a=rosimeire-quintela

  • ZOOLOGIA GERAL

    Até o início do século XX, praticamente todos os estudos sobre a fauna de anfíbios e répteis brasileiros foram realizados por estrangeiros. Inicialmente a Coroa Portuguesa mantinha a colônia fechada aos exploradores, mas depois, com a vinda da Família Real para o Brasil, em 1808, grandes expedições de naturalistas puderam entrar no país para estudar sua fauna e flora. Pode-se citar, para essa época, as viagens de Spix e Martius e do Príncipe Maximilian de Wied-Neuwied, entre outros. Porém, o material era coletado e enviado à Europa para estudo, praticamente nada permanecendo no Brasil. Eram ainda incipientes as iniciativas para a formação de pesquisadores no país.

  • A década de 1920 marcou o início do estudo dos anfíbios no Brasil isso se desconsiderarmos a mal-sucedida iniciativa de João Joaquim Pizarro (1842-1906), que em 1876 apresentou seu Batrachychthis. Portanto, Adolpho Lutz, no Instituto Oswaldo Cruz, e Alípio de Miranda-Ribeiro, no Museu Nacional, podem ser considerados os primeiros brasileiros a estudar esse grupo de animais e a publicar ativamente sobre ele (sobre MirandaRibeiro, veja Pombal, 2002). Entre 1920 e 1939, Adolpho Lutz (1855-1940) publicou uma série de trabalhos sobre anfíbios anuros, referentes sobretudo ao Sudeste do Brasil, além de fazer pequena incursão pelo estudo de serpentes.

  • Na tabela 1 estão listadas as espécies de anfíbios descritas por A. Lutz, com sua atualização nomenclatural. Das 58 espécies por ele descritas, 37 são atualmente reconhecidas como válidas, e uma é considerada incertae sedis (o que significa que não se sabe em que gênero classificá-la e, neste caso em particular, se é uma espécie válida). Atualmente, 63% dos nomes ainda são válidos, uma boa proporção se considerarmos o conhecimento da época. Adolpho Lutz e os anfíbios 2 2 ADOLPHO LUTZ OBRA COMPLETA z Vol. 3 Livro 4 As primeiras descrições de espécies feitas por Adolpho Lutz foram apresentadas de maneira muito resumida. Dessa fase há dois trabalhos publicados no Comptes Rendus, em 1925, onde são apresentadas as descrições de 24 novas espécies em apenas sete páginas.

  • Na verdade, foi uma estratégia dele para garantir a prioridade sobre as aplicações dos nomes, com o intento de complementá-las posteriormente. Porém isso nunca foi feito, de maneira que muitas vezes essas descrições não permitem a associação com populações naturais, causando problemas nomenclaturais, alguns deles resolvidos apenas décadas depois (e.g., B. Lutz, 1973; Pombal Cruz, 1999). Ainda na década de 1920, A. Lutz publicou alguns trabalhos de revisão de gêneros (e.g. Bufo e Leptodactylus), apresentando descrições detalhadas e ilustrações de ótima qualidade. Tais estudos equiparavam-se aos melhores trabalhos produzidos no mundo, na época.

  • Atenção especial deve ser dada aos três últimos trabalhos, que foram publicados com sua filha, Bertha Lutz (1894-1976). As descrições são muito detalhadas e, além da morfologia dos adultos, houve a preocupação de apresentar informações adicionais, como vocalização e girinos. Uma dessas publicações é o estudo sobre espécies do gênero Phyllomedusa que no conceito atual também inclui Phasmahyla e Phrynomedusa (veja A. Lutz B. Lutz, 1939) , onde encontramos extenso estudo sobre girinos, incluindo desenvolvimento e observações comportamentais.

  • Na mesma publicação, são apresentadas também observações sobre anuros picados por mosquitos e fragmose em anuros (fragmose consiste no fechamento de uma abertura do ambiente com o próprio corpo; e.g., o fechamento do tubo central de uma bromélia com a cabeça do anuro). Este trabalho excelente foi o primeiro de uma série de estudos de Bertha Lutz com viés compor-tamental. Alguns dos seus estudos posteriores são hoje considerados clássicos. Bertha Lutz continuou os estudos com espécimes da coleção de anuros reunida por seu pai. Alguns apresentaram descrições mais detalhadas de espécies já descritas por A.

  • Lutz apenas de maneira sucinta, adicionando novas informações. Descreveu três espécies em que atribuiu a autoria a seu pai (B. Lutz, 1950; B. Lutz Carvalho, 1958). No tocante a duas destas espécies, Phyllomedusa burmeisteri distincta e Aplastodiscus perviridis, a autoria não pode ser conferida a A. Lutz, uma vez que não fez uso de diagnoses ou descrições feitas por seu pai (usou apenas desenhos realizados sob a supervisão dele). Ela apresentou descrições mais detalhadas, baseadas inclusive em exemplares mais recentes, coletados após a morte de A. Lutz. Assegura Bertha Lutz que seu pai havia notado que as espécies eram inéditas e que havia escolhido os nomes científicos.

  • Todavia, isto não é critério para reconhecer autoria. De maneira distinta, na descrição de Paratelmatobius pictiventris (B. Lutz Carvalho, 1958) foi apresentada uma diagnose preparada por A. Lutz, a qual está escrita à mão no verso da aquarela desenhada sob sua supervisão. Neste caso, a autoria deve ser A. Lutz in B. Lutz Carvalho (1958). Infelizmente, esta espécie havia sido descrita anos antes por Doris M. Cochran (1898-1968), do Smithsonian Institution, Washington, DC, USA, com base nos mesmos exemplares que A. Lutz usou para sua diagnose (veja Pombal Haddad, 1999). Em anfíbios, além das publicações, Adolpho Lutz reuniu boa coleção científica, hoje depositada no Museu Nacional, com exemplares de várias partes do mundo, mas principalmente com espécimes coletados no Sudeste do Brasil.

  • Considerando a antiguidade, essa coleção está razoavelmente bem preservada, mas alguns exemplares-tipo (espécimes usados para a caracterização da espécie, portanto de excepcional importância para a taxonomia) de diversas espécies descritas por ele estão em péssimas condições, o que dificulta os estudos taxonômicos atuais (as razões disto são desconhecidas, mas é possível que esses exemplares não tenham sido adequadamente fixados quando foram preservados). Em meados da década de 1930, A. Lutz cedeu a Doris M. Cochran mil exemplares de sua coleção, incluindo espécimes-tipo, que ainda continuam depositados na Smithsonian Institution.


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