Curso Online de Estímulo à Autonomia no Processo de Aprendizagem

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Estímulo à Autonomia no Processo de Aprendizagem

Capacitar educadores, tutores e profissionais da educação para promoverem a autonomia dos estudantes, proporcionando um ambiente de ensino que favoreça a autorregulação, responsabilidade e iniciativa no processo de aprendizagem.

A escola como espaço social de produção e reconstrução de memórias. A construção da identidade individual e coletiva no contexto escolar. Práticas educativas que valorizam as narrativas históricas, culturais e afetivas dos sujeitos. Projetos pedagógicos voltados à preservação da memória local e comunitária. A escola como lugar de pertencimento, reconhecimento e valorização da diversidade.

Público-alvo:Educadores, coordenadores pedagógicos, gestores escolares e demais profissionais da área da educação.

A autonomia, no contexto da aprendizagem, refere-se à capacidade que o estudante desenvolve de conduzir seu próprio processo educativo. Trata-se de muito mais do que aprender sozinho: é um modo de se relacionar com o conhecimento, com o outro e consigo mesmo de forma ativa, responsável e consciente.
Ter autonomia significa que o sujeito é capaz de:
Planejar seus objetivos de aprendizagem;
Escolher estratégias adequadas para aprender;
Refletir sobre suas ações;
Monitorar seu progresso e tomar decisões com base nisso.
A autonomia é uma competência complexa e multidimensional. Ela envolve aspectos cognitivos (como a metacognição), afetivos (como a autoconfiança) e sociais (como a autorresponsabilidade diante da comunidade escolar).

Conceitos Importantes
Autonomia não é independência. Autonomia pressupõe interdependência consciente, isto é, a capacidade de agir com liberdade dentro de um contexto social.
Autonomia não significa ausência de orientação. O papel do educador como facilitador é fundamental para sua construção.
Autonomia se aprende e se desenvolve. Não é uma característica inata, mas sim um processo contínuo e progressivo.

No mundo atual, marcado por rápidas transformações tecnológicas, mudanças sociais e excesso de informações, formar estudantes autônomos tornou-se uma necessidade urgente. O modelo tradicional de ensino, centrado no professor e na transmissão de conteúdos prontos, mostra-se insuficiente para preparar indivíduos capazes de lidar com os desafios da vida pessoal, acadêmica e profissional.
A educação para a autonomia tem como propósito formar sujeitos que:
Tomem decisões éticas e conscientes;
Busquem soluções criativas e inovadoras;
Sejam capazes de continuar aprendendo ao longo da vida (aprendizagem permanente);
Se posicionem de forma crítica frente à realidade.

Nesse sentido, a autonomia é também um princípio ético e político. Um sujeito autônomo é capaz de atuar como cidadão, participar ativamente da sociedade e contribuir para a transformação do mundo em que vive.

A autonomia não é um conceito novo na educação, mas vem sendo ressignificada a partir de diferentes correntes teóricas. A seguir, exploramos três importantes pensadores que fundamentam a discussão sobre autonomia na aprendizagem:
Jean Piaget: Desenvolvimento da Autonomia Moral e Intelectual
Piaget, conhecido por suas contribuições à psicologia do desenvolvimento, afirmou que a autonomia se constrói a partir da interação entre o sujeito e o meio. Para ele, a criança passa por dois estágios principais:
Heteronomia: quando as regras são impostas por uma autoridade externa (adultos).
Autonomia: quando o sujeito passa a compreender, negociar e criar regras por si mesmo, em função da cooperação com os outros.

A autonomia, segundo Piaget, está profundamente relacionada à construção do pensamento lógico, à capacidade de argumentação e à internalização de valores. A escola, nesse contexto, deve favorecer situações de conflito cognitivo e cooperação, para estimular o desenvolvimento autônomo do aluno.