Curso Online de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos

curso
gerenciamento integrado de resíduos sólidos
parte 1

flavienne cruvinel carvalho
bióloga, especialista em gestão ambiental
crbio 57266/04-d
flaviennecarvalho@yahoo.com.br
flaviennecarvalho@hotmail.com

apresentação

o curso de gerenciamento integrado de resíduos sólidos é destinado a estudantes e profissionais nas áreas de biologia, engenharia ambiental, engenharia civil, gestão ambiental, administração, técnico em meio ambiente e áreas afins, que querem aprofundar seus conhecimentos acerca do gerenciamento dos resíduos sólidos.

objetivos

fornecer informações sobre gerenciamento de resíduos, para que o aluno possa conhecer a problemática ambiental dos resíduos sólidos, bem como estimular o pensamento crítico focado nas questões ambientais e conscientizá-los para a não geração, a minimização da geração e o reaproveitamento dos resíduos, a fim de evitar os efeitos negativos sobre o meio ambiente e a saúde pública.

o curso foi dividido em 2 partes, para facilitar a compreensão e a assimilação do conteúdo e, ao final de cada parte, os exercícios avaliativos deverão ser respondidos e enviados para um dos meus e-mails (abaixo).

espero que todos aproveitem!
qualquer dúvida estou à disposição.
obrigada,

flavienne cruvinel carvalho
bióloga/gestora ambiental
crbio 57266/04-d
flaviennecarvalho@hotmail.com
flaviennecarvalho@yahoo.com.br

i. introdução

crescimento acelerado da população humana
+
intensificação e diversificação das atividades nos perímetros urbanos  acelerado aumento na produção dos resíduos sólidos = grandes problemas para as administrações públicas.

solução dos problemas relacionados aos resíduos urbanos:

*envolvimento da população
*estágio de desenvolvimento
*aos hábitos
*às condições econômicas
*disponibilidade de locais e tecnologias adequadas para tratamento e disposição final dos resíduos.

lixo x resíduo

“lixo” - está relacionado a sentimentos aversivos como elementos inúteis, mal cheirosos e prejudiciais à saúde humana, devendo ser destinados a locais afastados de forma que não propiciem inconvenientes à população.

“lixo é tudo aquilo que não se quer mais e se joga fora; coisas inúteis, velhas e sem valor”. dicionário aurélio buarque de holanda.

“resíduo” - está relacionado a materiais (ou parte deles) que não apresentem utilidade direta, podendo ser descartado adequadamente ou reaproveitado, fazendo parte de um ciclo.

o lixo nada mais é que um resíduo não aproveitado, que poderia ser evitado ou gerenciado por meio dos princípios dos 3 r’s.

ii. o que são resíduos sólidos?

“resíduos nos estado sólido e semi-sólido, que resultam de atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição.

ficam incluídos, nesta definição, os lodos provenientes de sistema de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d’águas, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível“. nbr 10004 (abnt, 2004).

iii. classificação de resíduos

a) por sua natureza física: seco ou molhado;

b) por sua composição química: matéria orgânica e matéria inorgânica;

c) pelos riscos potenciais ao meio ambiente (nbr 10004/2004):

resíduos classe i (perigosos) – inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.

resíduos classe ii (não perigosos) são subdivididos em duas classes:

.resíduos classe ii-a - não inertes - biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.

.resíduos classe ii-b - inertes

d) quanto à origem

.público
.doméstico ou residencial
.comercial
.domiciliar especial
.resíduos de fontes especiais.

os resíduos sólidos são constituídos de substâncias:

facilmente degradáveis (fd): restos de comida, sobras de cozinha, folhas, capim, cascas de frutas, animais mortos e excrementos.

moderadamente degradáveis (md): papel, papelão.

dificilmente degradáveis (dd): trapo, couro, pano, madeira.

não degradáveis (nd): metal não ferroso, vidro, pedras, cinzas.

os vários tipos de resíduos.

resíduos da construção

“resíduos provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha” (rdc conama nº. 307/2002 e nbr 15113/2004).

classificação

classe a – resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados (tijolo, concreto, etc);
classe b – resíduos reutilizáveis/recicláveis para outras indústrias (plástico, papel, etc)
classe c – resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias viáveis que permitam sua reciclagem (gesso e outros)
classe d – resíduos perigosos (tintas, solventes, etc), ou contaminados (de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros).

plano integrado de gerenciamento de rcc (rdc conama nº. 307/2002)

caracterização: o gerador deverá identificar e quantificar os resíduos.

triagem: deverá ser realizada, preferencialmente, na origem, ou ser realizada nas áreas de destinação licenciadas para essa finalidade, respeitadas as classes de resíduos estabelecidas no art. 3º desta resolução.

acondicionamento: o gerador deve garantir o confinamento dos resíduos após a geração até a etapa de transporte, assegurando condições de reutilização e de reciclagem.

transporte: deverá ser realizado de acordo com as normas técnicas vigentes.

- destinação: deverá ser prevista de acordo com o estabelecido nesta resolução.