Curso Online de A farmacovigilância e a importância das notificações de reações adversas na pediatria

A FARMACOVIGILÂNCIA E A IMPORTÂNCIA DAS NOTIFICAÇÕES DE REAÇÕES ADVERSAS NA PEDIATRIA

A farmacovigilância é a área da farmácia que é responsável pela identificação, avaliação, compreensão e prevenção de possíveis efeitos adversos ou qualquer problema relacionado a medicamentos comercializados.
No âmbito da pediatria, o farmacêutico desempenha função chave, quanto a medicamentos inadequados para a faixa etária bem como as doses e o período de tratamento, além de toda a política e uso racional de medicamentos.

INTRODUÇÃO

FARMACOVIGILÂNCIA

É uma ciência farmacêutica que reúne métodos e técnicas para avaliar efeitos nocivos de terapias medicamentosas e produtos e insumos farmacêuticos e seu potencial de causar danos reversíveis ou irreversíveis, bem como as medidas cautelares para profilaxia e tratamento de possíveis reações adversas, realizando notificações rastreamento de reações adversas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a farmacovigilância como “a ciência e atividades relacionadas à identificação, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos, ou seja, qual for as adversidades relacionadas a utilização de medicamentos”.

Ela reconhece, analisa e acompanha a existência dos eventos adversos referentes ao uso dos medicamentos comercializados no mercado brasileiro, com a finalidade de assegurar que os benefícios relacionados ao uso desses produtos sejam maiores que os riscos por eles gerados.

Além das reações adversas a medicamentos, também são questões importantes para a farmacovigilância: eventos adversos ocasionado por falha da qualidade de medicamentos, inefetividade terapêutica, erros de medicação, utilização de medicamentos para indicações não aprovadas no registro, uso abusivo, intoxicações e interações medicamentosas.

Segundo o Ministério da Saúde além da promoção ao registro, devem ser incentivadas a discussão e o desenvolvimento de ações regulatórias sobre a segurança para medicamentos de uso pediátrico no País, abrangendo questões relacionadas a embalagens de segurança, padronização de doses, formas farmacêuticas e acessórios adaptados, monitoramento do texto de bula, além da utilização de excipientes nocivos para pacientes pediátricos e o acompanhamento de reações adversas nesse público.

Um estudo foi elaborado com base nas notificações em crianças com idade até 12 anos, registradas entre 2008 e 2013 no Notivisa. O estudo apresentou relação entre a frequência de notificações e a de hospitalização nas várias faixas etárias, sendo que as reações mais consideráveis eram mais habituais nas menores faixas etárias.

TOXICOLOGIA

A toxicologia é a ciência que se aprofunda nos estudos sobre os efeitos nocivos dos produtos químicos em organismos vivos, no entanto a farmacologia, obtém sucesso nos estudos benéficos dos medicamentos, insumos e produtor farmacêuticos, no qual pertencem a classe de produtos químicos, portanto os medicamentos podem causar efeitos nocivos, caso sejam usados de maneira indevida, bem como sem acompanhamento devido de um profissional farmacêutico. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) fármaco é qualquer substância ou produto usado ou que se pretende usar para modificar ou explorar sistemas fisiológicos ou estados patológicos em benefício de quem o recebe.

- AGENTE TÓXICO ou TOXICANTE: Entidade química capaz de causar dano a um sistema biológico, alterando uma função ou levando-o à morte, sob certas condições de exposição.
- VENENO: Agente tóxico que altera ou destrói as funções vitais e, segundo alguns autores, é termo para designar substâncias provenientes de animais, com função de autodefesa ou predação.
- TOXICIDADE: Capacidade inerente e potencial do agente tóxico de provocar efeitos nocivos em organismos vivos. O efeito tóxico é geralmente proporcional à concentração do agente tóxico a nível do sítio de ação (tecido alvo).

AÇÃO TÓXICA: Maneira pela qual um agente tóxico exerce sua atividade sobre as estruturas teciduais.
- DL 50: (Dose Letal 50%) ou dose letal média de uma substância expressa o grau de toxicidade aguda de substâncias químicas. Correspondem às doses que provavelmente matam 50% dos animais de um lote utilizados para experiência. São valores calculados estatisticamente a partir de dados obtidos experimentalmente. Com base nas DL50 de várias substâncias, são estabelecidas classes toxicológicas de produtos químicos e farmacológicos, no entanto, para se dizer se uma substância é tóxica ou inócua para o ser humano, devemos também optar por critérios que avaliem se uma substância oferece Risco ou Perigo para um determinado sistema biológico, para um determinado indivíduo ou para a saúde pública.

ANTÍDOTO: Agente capaz de antagonizar os efeitos tóxicos de substâncias.
INTOXICAÇÃO: É um processo patológico causado por substâncias endógenas ou exógenas, caracterizado por desequilíbrio fisiológico, conseqüente das alterações bioquímicas no organismo. Processo é evidenciado por sinais e sintomas ou mediante dados laboratoriais.
- INTOXICAÇÃO AGUDA: Decorre de um único contato (dose única- potência da droga) ou múltiplos contatos (efeitos cumulativos) com o agente tóxico, num período de tempo aproximado de 24 horas. Os efeitos surgem de imediato ou no decorrer de alguns dias, no máximo 2 semanas. Estuda a relação dose/resposta que conduz ao cálculo da DL50.