Curso Online de A Aplicabilidade dos Contos de Fadas Diante das Dificuldades de Aprendizagem

A Aplicabilidade dos Contos de Fadas Diante das Dificuldades de Aprendizagem

Psicóloga Gabriela Matzenbacher Machado
2015

CURSO DESTINADO A PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO

Apresentação

Este curso é destinado a profissionais de saúde e educação que trabalhem com crianças em qualquer espaço ou área de atuação, assim como demais interessados nas temáticas dos contos de fadas e das dificuldades de aprendizagem.
Baseado no Trabalho de Conclusão da autora em Psicologia, este curso, além de abordar teoricamente tanto a temática dos contos de fadas quanto das dificuldades de aprendizagem, é enriquecido pela vivência da autora como coordenadora de uma oficina de contos de fadas no ano de 2014.
Tem como objetivo principal habilitar psicólogos, professores, educadores no trabalho com crianças com dificuldades de aprendizagem, utilizando o dispositivo dos contos de fadas.

A autora

Gabriela Matzenbacher Machado é psicóloga, formada na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Atualmente, exerce a profissão na área clínica no atendimento de crianças, adolescentes e adultos. A vivência da qual surgiu este curso foi realizada a partir de experiência na área de Psicologia Escolar.

Os módulos deste curso...

Introdução

Não se sabe precisamente quando os contos de fadas surgiram. Porém, existem vestígios deles desde a pré-história. Estudos indicam que os contos tenham acompanhado a humanidade através da transmissão oral, desde seus primórdios (NOVAES, 1998). E de acordo com Gutfreind (2010), desde sempre o conto exerceu função social e até mesmo terapêutica.

Durante o século XIX, estas narrativas começaram a ser registradas em papel e tornaram-se as famosas histórias conhecidas em todo o mundo hoje em dia, principalmente devido o trabalho de autores como Charles Perrault, Christian Andersen e os irmãos Grimm (CORSO; CORSO, 2006; GILLIG, 1999). Hoje, então, é possível perceber que essas histórias sobreviveram ao tempo e não deixaram de encantar crianças e, inclusive, adultos de todas as idades

Atualmente identifica-se que os contos estão sendo utilizados no contexto escolar, principalmente com um viés pedagógico ou psicopedagógico (BOLZAN et al, 2010; OLIVEIRA, 2010; OLIVEIRA, 2008; SILVEIRA, 2010), assim como no contexto hospitalar (COSTA, 2002; FONSECA, 2007; PEREIRA; COSTA-R0SA, 2008), onde identifica-se que os contos se mostram terapêuticos, auxiliando na ressignificação das difíceis vivências dos pacientes internados. Também na clínica psicológica infantil, muitos profissionais estão percebendo o potencial e a relevância do uso dos contos de fadas como instrumento terapêutico, integrando este fator ao encantamento que estas histórias suscitam nas crianças.

Os contos de fadas podem ser um rico instrumento no trabalho psicoterápico e pedagógico uma vez que, eles não apresentam, de forma objetiva, situações da vida cotidiana, mas através deles pode-se falar sobre os conflitos humanos e descobrir soluções para estes. Eles falam dos conflitos internos pelos quais toda criança passa durante seu desenvolvimento de uma forma que, inconscientemente, ela consiga compreendê-los. As histórias ainda oferecem, de forma simbólica, soluções tanto temporárias quanto permanentes para essas dificuldades (BETTEHLHEIM, 1980).

MÓDULO I: Do Encantamento à Terapêutica

Neste módulo...

Uma história dos contos de fadas

Importância e eficácia dos contos de fadas no desenvolvimento infantil

Uso dos contos como instrumento terapêutico

Caixa Mágica de Surpresa                                                                                 

“Um livro 
É uma beleza,  
É caixa mágica  só de surpresa
Um livro
parece mudo,
mas nele a gente descobre tudo.
Um livro
tem asas longas e leves
que, de repente, levam a gente longe, longe.
Um livro
é parque de diversões cheio de sonhos coloridos,
cheio de doces sortidos, cheio de luzes e balões.
Um livro
É uma floresta
com folhas e flores
e bichos e cores.
É mesmo uma festa,
um baú de feiticeiro,
um navio pirata no mar,
um foguete perdido no ar,
É amigo e companheiro”. 

Elias José