Curso Online de FIBRAS MUSCULARES BRANCAS E VERMELHAS: CARACTERÍSTICAS, FUNÇÕES E IMPLICAÇÕES NO TREINAMENTO FÍSICO

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FIBRAS MUSCULARES BRANCAS E VERMELHAS: CARACTERÍSTICAS, FUNÇÕES E IMPLICAÇÕES NO TREINAMENTO FÍSICO

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RESUMO

O PRESENTE TRABALHO ABORDA, DE FORMA APROFUNDADA, AS FIBRAS MUSCULARES BRANCAS (TIPO II) E VERMELHAS (TIPO I), DESTACANDO SUAS CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS, FUNCIONAIS E METABÓLICAS. AS FIBRAS VERMELHAS SÃO RICAS EM MITOCÔNDRIAS, CAPILARES E MIOGLOBINA, SENDO ADAPTADAS À RESISTÊNCIA E AO METABOLISMO AERÓBICO, ENQUANTO AS FIBRAS BRANCAS APRESENTAM CONTRAÇÃO RÁPIDA, BAIXA RESISTÊNCIA À FADIGA E PREDOMINÂNCIA DO METABOLISMO ANAERÓBICO. A PESQUISA FUNDAMENTA-SE EM LITERATURA CIENTÍFICA ATUALIZADA, EVIDENCIANDO A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DESSAS ESTRUTURAS PARA A PRESCRIÇÃO ADEQUADA DO EXERCÍCIO FÍSICO E PARA O APRIMORAMENTO DO DESEMPENHO ESPORTIVO. A PLASTICIDADE MUSCULAR, INFLUENCIADA POR FATORES GENÉTICOS E AMBIENTAIS, TAMBÉM É DISCUTIDA, MOSTRANDO COMO O TIPO DE TREINAMENTO PODE INFLUENCIAR A PREDOMINÂNCIA DE CERTOS TIPOS DE FIBRAS. A CONCLUSÃO APONTA A NECESSIDADE DE ESTRATÉGIAS INDIVIDUALIZADAS NA PRÁTICA PROFISSIONAL, ESPECIALMENTE NA EDUCAÇÃO FÍSICA, A FIM DE PROMOVER ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS SEGURAS E EFICAZES CONFORME OS OBJETIVOS E NECESSIDADES DE CADA INDIVÍDUO.

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PALAVRAS-CHAVE: FIBRAS MUSCULARES, FIBRAS TIPO I, FIBRAS TIPO II, TREINAMENTO FÍSICO, FISIOLOGIA MUSCULAR.
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INTRODUÇÃO FIBRAS MUSCULARES BRANCAS E VERMELHAS

O TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO HUMANO É CONSTITUÍDO POR DIFERENTES TIPOS DE FIBRAS, CUJA CLASSIFICAÇÃO SE BASEIA EM SUAS CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS, BIOQUÍMICAS E FUNCIONAIS. AS FIBRAS MUSCULARES BRANCAS (TIPO II) E VERMELHAS (TIPO I) REPRESENTAM OS DOIS PRINCIPAIS TIPOS DE UNIDADES MOTORAS, SENDO FUNDAMENTAIS PARA O DESEMPENHO FÍSICO E ADAPTABILIDADE AOS DIFERENTES ESTÍMULOS DO TREINAMENTO FÍSICO. COMPREENDER A NATUREZA DESSAS FIBRAS É ESSENCIAL PARA A PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS EFICAZES, TANTO NO ÂMBITO ESPORTIVO QUANTO NA PROMOÇÃO DA SAÚDE.

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AS FIBRAS DO TIPO I, TAMBÉM CONHECIDAS COMO FIBRAS VERMELHAS OU DE CONTRAÇÃO LENTA, POSSUEM ELEVADO CONTEÚDO DE MIOGLOBINA, ALTA DENSIDADE MITOCONDRIAL E GRANDE CAPILARIZAÇÃO, O QUE LHES CONFERE UMA PREDOMINÂNCIA NO METABOLISMO AERÓBICO OXIDATIVO. ESSAS FIBRAS SÃO ALTAMENTE RESISTENTES À FADIGA E SÃO RECRUTADAS PRINCIPALMENTE EM ATIVIDADES DE LONGA DURAÇÃO E BAIXA INTENSIDADE, COMO CAMINHADAS, CICLISMO E CORRIDAS DE LONGA DISTÂNCIA. DE ACORDO COM POWERS E HOWLEY (2014), “AS FIBRAS DO TIPO I SÃO OTIMIZADAS PARA A PRODUÇÃO CONTÍNUA DE FORÇA AO LONGO DO TEMPO, COM BAIXA TAXA DE FADIGA, SENDO INDISPENSÁVEIS EM ESPORTES DE ENDURANCE”.

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EM CONTRASTE, AS FIBRAS DO TIPO II, DIVIDIDAS EM SUBTIPOS COMO IIA E IIX (OU IIB), SÃO CLASSIFICADAS COMO FIBRAS BRANCAS OU DE CONTRAÇÃO RÁPIDA. ELAS APRESENTAM MENOR QUANTIDADE DE MIOGLOBINA, BAIXA DENSIDADE MITOCONDRIAL, REDUZIDA VASCULARIZAÇÃO E UTILIZAM PREDOMINANTEMENTE O METABOLISMO ANAERÓBICO GLICOLÍTICO, O QUE AS TORNA MAIS EFICAZES EM ATIVIDADES DE CURTA DURAÇÃO, ALTA INTENSIDADE E EXPLOSÃO, COMO SPRINTS, SALTOS E LEVANTAMENTO DE PESO. SEGUNDO MCARDLE, KATCH E KATCH (2016), “AS FIBRAS TIPO II SÃO PROJETADAS PARA FORNECER FORÇA RÁPIDA E POTENTE, PORÉM, COM RÁPIDA FATIGABILIDADE”.

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A PROPORÇÃO DE FIBRAS TIPO I E TIPO II VARIA ENTRE OS INDIVÍDUOS E ENTRE DIFERENTES GRUPOS MUSCULARES, SENDO INFLUENCIADA POR FATORES GENÉTICOS E AMBIENTAIS, COMO O TIPO DE ATIVIDADE FÍSICA REALIZADA. ATLETAS DE MODALIDADES DISTINTAS APRESENTAM PERFIS ESPECÍFICOS DE COMPOSIÇÃO MUSCULAR. POR EXEMPLO, CORREDORES DE LONGA DISTÂNCIA TENDEM A APRESENTAR MAIOR PREDOMINÂNCIA DE FIBRAS VERMELHAS, ENQUANTO VELOCISTAS POSSUEM MAIOR PROPORÇÃO DE FIBRAS BRANCAS (WILMORE; COSTILL; KENNEY, 2015). ESSA ADAPTAÇÃO ESPECÍFICA PERMITE QUE O TREINAMENTO SEJA ORIENTADO DE MANEIRA A EXPLORAR O MÁXIMO POTENCIAL FUNCIONAL DE CADA INDIVÍDUO.

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ALÉM DISSO, ESTUDOS INDICAM QUE EMBORA A COMPOSIÇÃO DE FIBRAS SEJA EM GRANDE PARTE DETERMINADA GENETICAMENTE, O TREINAMENTO FÍSICO PODE PROMOVER MODIFICAÇÕES NA EFICIÊNCIA METABÓLICA E FUNCIONALIDADE DESSAS FIBRAS, ESPECIALMENTE AS DO TIPO IIA, QUE DEMONSTRAM PLASTICIDADE EM RESPOSTA AO ESTÍMULO CRÔNICO (GUYTON; HALL, 2021). A COMPREENSÃO DAS FIBRAS MUSCULARES É, PORTANTO, UMA FERRAMENTA CRUCIAL PARA O PLANEJAMENTO DE PROGRAMAS DE TREINAMENTO PERSONALIZADOS, POSSIBILITANDO A MAXIMIZAÇÃO DE RESULTADOS E A MINIMIZAÇÃO DE RISCOS DE LESÕES MUSCULARES.