
Curso Online de Foucault e a história da loucura
Em que momento a loucura passou a ser uma patologia, ou um problema social? Que mudanças fizeram com que o termo “loucura” passasse a ser...
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Foucault e a história da loucura
Por Bruno Carrasco,
psicoterapeuta existencial
e professor. -
Questões iniciais...
O que é loucura? Qual a diferença entre a normalidade e a loucura?
A loucura seria o oposto de normalidade, de sanidade, de razão ou de adaptação ao meio?
Seria a loucura uma condição biológica, social, cultural, psicológica ou histórica? - Nesta apresentação faremos um breve percurso sobre a história da loucura e as transformações no entendimento sobre a loucura ao longo do tempo, passando por desrazão, problema social, alienação, doença mental, patologia e sofrimento psíquico. Para tanto, será utilizado com o referência os estudos do filósofo francês Michel Foucault, filósofo francês que estudou sobre a loucura, o saber, o poder e a sexualidade, relacionando com a história, a psicologia, o direito, a medicina, as artes e a filosofia.
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Michel Foucault (1926-1984)
Foucault estudou na Escola Normal Superior de Paris, teve como professores Jean Hyppolite e Louis Althusser. Se formou em filosofia e psicologia, foi professor no College de France por 14 anos, na Universidade da Califórnia, de Buffalo, de Uppsala, de Varsóvia e de Tunis.
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Foucault e a filosofia
Enquanto filósofo, ele não tinha como intuito a busca da verdade, mas fazer aparecer os elementos que estão implícitos nos saberes, analisando suas implicações e relações de poder.
Deste modo, ele se aprofundou na história das ideias, dos conceitos e das práticas, e sobre a relação que estabelecem na construção da subjetividade. Realizando uma análise documental histórica e de campo, relacionando a filosofia com a história, o direito, a medicina, a psicologia e a antropologia. - “Nós não vivemos num espaço neutro, plano. Nós não vivemos, morremos ou amamos no retângulo de uma folha de papel. Nós vivemos, morremos e amamos num espaço enquadrado, recortado, matizado, com zonas claras e escuras, diferenças de níveis, degraus de escadas, cheias, corcovas, regiões duras e outras friáveis, penetráveis, porosas. Há regiões de passagem: ruas, trens, metrô; regiões de transitório: cafés, cinemas, praias, hotéis e também as regiões fechadas do repouso e do lar.” (Michel Foucault, em 'Foucault por ele mesmo')
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O sujeito foi inventado
Segundo Foucault, o sujeito moderno foi inventado, fruto de uma série de condições históricas onde ele está imerso, e se essas condições mudam, o sujeito também muda.
Como sua filosofia não parte do entendimento de uma “verdade única” ou “universal”, entende que existe um processo de construção histórica dos sujeitos e dos saberes, entendendo a verdade como resultado de um processo histórico, como consequência das relações de poder e saber. -
Método arqueológico
O método arqueológico trata-se de escavar as condições e os modos como os saberes foram se constituindo, buscando desvelar os elementos implícitos nos saberes e práticas.
Por meio da arqueologia, Foucault constatou que os conceitos de “loucura”, “natureza humana” e “verdade” não foram sempre os mesmos, mas se transformaram de acordo com as concepções e práticas de cada momento histórico.
ex-isto www.ex-isto.com -
Método genealógico
O método genealógico consiste numa análise da constituição de conceitos, entendimentos e valores que envolvem saberes, inclusive o modo pelo qual se relacionam com as formas de exercício de poder num determinado contexto cultural e histórico.
Buscando entender como opera a dominação em suas práticas reais e cotidianas, inclusive seus efeitos concretos entre os sujeitos, sobre seus corpos e afetos. - “Eu sonho com uma ciência que teria como objeto esses espaços diferentes, esses outros lugares, essas contestações míticas e reais do espaço em que vivemos. Essa ciência não estudaria as utopias, pois é preciso reservar esse nome para o que não tem lugar. Mas ela estudaria as heterotopias, espaços absolutamente outros (...) esses lugares são principalmente reservados aos indivíduos cujo comportamento é desviante em relação à média ou à norma exigida.” (Michel Foucault, em 'Foucault por ele mesmo')
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Algumas de suas principais obras
História da loucura (1961): análise arqueológica sobre como entendemos o conceito de loucura e de seu tratamento; Nascimento da clínica (1963): arqueologia do saber médico, de sua formação e transformação na modernidade;As palavras e as coisas (1966): arqueologia das ciências humanas e da concepção de natureza humana e subjetividade; Vigiar e punir (1976): genealogia do nascimento da prisão;História da sexualidade (1976-): cuidado de si e ética.
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Capítulos
- Foucault e a história da loucura
- Questões iniciais...
- Michel Foucault (1926-1984)
- Foucault e a filosofia
- O sujeito foi inventado
- Método arqueológico
- Método genealógico
- Algumas de suas principais obras
- A história
- da loucura...
- A história da loucura
- Quando a loucura passou a ser uma patologia?
- Doença mental e psicologia
- História da loucura e nascimento da clínica
- Loucura na Antiguidade
- Loucura na Grécia Antiga
- Loucura na Roma Antiga
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